:: ‘Atualidades’
Empresas reduzem embalagens e qualidade para repassar custos
Alerta é de economista do Instituto de Defesa do Consumidor
Publicado em 26/06/2022 – 13:40 Por Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

(Arquivo/Reuters/Sergio Moraes/Direitos Reservados)
Audiodescrição:
Cada vez mais empresas estão recorrendo à redução do tamanho das embalagens e à mudança na composição dos produtos para repassar o aumento de custos ao consumidor final, observa o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Segundo a coordenadora do Programa de Serviços Financeiros da organização não governamental, Ione Amorim, no passado casos do tipo já eram registrados, no entanto, a alta da inflação no Brasil nos últimos dois anos têm levado a cada vez mais empresas, de diversos setores, a adotar esse tipo de prática. “Hoje, a forma como isso vem sendo feita ganhou uma dimensão muito maior”, enfatizou.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulava, em maio, taxa de 11,73% em 12 meses. De maio de 2020 a maio deste ano, a inflação medida pelo índice chega a 20,27%.
Reduflação
O amplo uso da redução de embalagens e diminuição das quantidades normalmente vendidas levou ao uso do termo reduflação para se referir à prática. A quantidade ou qualidade de produto é menor, mas o preço não é reduzido ou não é reduzido na mesma proporção da diminuição da embalagem. Assim, a empresa tenta evitar o desgaste do aumento direto de preços.
Ione lembra que uma portaria da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor regulamenta alterações no tamanho e quantidade de produtos vendidos nas embalagens, definindo que as mudanças devem ser informadas em destaque nos rótulos por 180 dias.
Porém, segundo a economista, as empresas têm usado estratégias que apostam na desatenção do consumidor. “Para driblar o cumprimento dessa portaria, as empresas estão lançando embalagens paralelas”, denuncia.
Ou seja, o mesmo produto é vendido em duas embalagens muito parecidas, mas, em uma delas, com menos quantidade do que o original. “Embalagens de azeite que, tradicionalmente, são engarrafados em vidros de 500 ml [mililitros], hoje você já vê alguns de 400 ml. Então, tem que ficar atento na hora de pegar a embalagem, porque elas são muito parecidas”, alerta.
Para ajudar os consumidores a compararem os preços, a economista recomenda consultar o preço por unidade de medida: litro, quilo ou metro. “O Código de Defesa do Consumidor, no artigo 6º, exige que o preço por unidade de medida quilo, litro ou metro seja colocado nas prateleiras para que o consumidor consiga fazer a relação entre as diversas embalagens do produto que é oferecida”, explica.
Ione alerta que há empresas que estão mudando a composição dos produtos. De acordo com a economista, a medida vem sendo adotada por diversos fabricantes que reduzem o percentual de matérias-primas, trocando por compostos ultraprocessados. Segundo Ione, alterações do tipo já foram feitas por marcas de suco, que deixam de ter o percentual mínimo de fruta para virar néctar, chocolate, que reduzem a quantidade necessária de cacau, e de leite condensado, que deixam de ter leite na composição. “Esse produto, além de ter alteração na sua composição, também passa por essa redução de custo, porque o produto foi piorado e manteve o preço”, destaca a economista.
Edição: Fernando Fraga
Após 16 anos de PSB no poder, pobreza em Pernambuco é o dobro da média nacional
VERGONHA NACIONAL
São 44% dos pernambucanos na pobreza; a média nacional é 23,2%
Ao final de 16 anos da dinastia de políticos do Partido Socialista Brasileiro (PSB), iniciada pelo falecido ex-governador Eduardo Campos e mantida até hoje com Paulo Câmara, o Estado de Pernambuco registra o maior percentual da população na pobreza de todos os tempos.
O ano de 2021 fechou com 44% dos pernambucanos na pobreza, totalizando 4,2 milhões de pessoas.
O percentual pernambucano de 44% da população na pobreza corresponde ao dobro da situação nacional. de 22,3%, de acordo com levantamento do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), divulgado nesta fim de semana.
Governador Paulo Câmara (PSB): ele não sabe o que faz.
É a primeira vez que esse percentual ficou acima de 40% em Pernambuco, na série histórica. O recorde anterior foi de 38,2%, em 2012.
Em termos nacionais, segundo o IMDS, 47,3 milhões de brasileiros terminaram o ano passado na pobreza, o que corresponde a 22,3% da população, sendo o maior percentual em dez anos, levando-se em conta a renda das famílias, o número equivale.
No Nordeste, 5,5 milhões caíram na pobreza somente no ano passado, diz o IMDS, os nordestinos em situação de pobreza saltou para 22,8 milhões – cerca de 40% da população da região.
Pernambuco tinha a reputação de oferecer ao País quadros políticos de elevado nível, mas essa “fábrica de talentos” parece ter fechado as portas com a morte de Eduardo Campos. Aproveitando-se de sua memória, um bando de políticos inexpressivos, que jamais seriam eleitos pelos próprios méritos, se revezam no poder do governo estadual e da prefeitura municipal.
Da direita à esquerda, a capital Recife elegeu prefeitos que figuravam em todas as listas dos melhores do País, de Joaquim Francisco a João Paulo, passando por Jarbas Vasconcelos e vários outros. Desde que o PSB se apossou da prefeitura recifense, como ocorreu no governo estadual, a mediocridade e os escândalos de corrupção se estabeleceram.
Segunda ponte entre Brasil e Paraguai tem 84% da obra concluída
Presidentes dos dois países visitaram construção em Foz do Iguaçu
Publicado em 03/06/2022 – 17:49 Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Obras da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, em Foz do Iguaçu (PR). (TV Brasil)
A segunda ponte entre Brasil e Paraguai, a Ponte da Integração, está com 84% da obra concluída e deverá ser inaugurada nos próximos meses. Nesta sexta-feira (3), os presidentes dos dois países, Jair Bolsonaro e Mário Abdo Benítez, participaram de uma cerimônia de visita ao empreendimento, em Foz do Iguaçu (PR).

A ponte está sendo construída desde 2019, em uma parceria entre a Itaipu Binacional, comandada por Brasil e Paraguai, e o governo do estado do Paraná. Todo o investimento, cerca de R$ 320 milhões, está sendo bancado pela empresa de energia, e a obra está sendo executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR). Ela ligará Foz do Iguaçu à paraguaia Presidente Franco, terá 760 metros de comprimento e um vão livre de 470 metros, o maior da América Latina. Serão duas pistas simples com 3,6 metros de largura, acostamento de três metros e calçada de 1,7 metro nas laterais.
Brasil e Paraguai já são ligados pela Ponte da Amizade, entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, inaugurada em 1965. Ela segue sendo é o principal corredor logístico entre Brasil e Paraguai, mas há anos está sobrecarregada. Além da circulação de pessoas entre Foz e Cidade del Este, a ponte concentra o trânsito de caminhões. Com a nova ligação, a Ponte da Amizade ficará exclusiva para veículos leves e ônibus de turismo, enquanto a Ponte da Integração receberá o transporte de carga. Ao final da obra, ela será administrada pelo governo do Paraná.
“Essa obra tem 80% de avanço e falta 100 metros para unir de novo em outra obra que gera integração entre nossos povos”, festejou o presidente paraguaio, Mário Abdo Benítez. Ele lembrou ainda da construção de uma terceira ponte ligando os dois países, desta vez entre Carmelo Peralta, no Paraguai, e Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul. Essa obra também tem parte de sua execução financiada pela Itaipu Binacional.
Em sua fala, o presidente Jair Bolsonaro destacou o papel da Itaipu na realização de diversas obras. “Mais do que uma geradora de energia renovável, é uma empresa que toca obras”, disse. Ele exemplificou o financiamento da extensão da pista do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, em grande parte bancado também por Itaipu, e que promete ampliar a oferta de voos internacionais com destino à região.
Agenda
Mais cedo, ainda no Paraná, o presidente Jair Bolsonaro visitou um trecho da BR-487, a Estrada Boiadeira, em Umuarama, que passa por uma obra de restauração, implantação e pavimentação, com investimentos de R$ 232,8 milhões.
O presidente retorna à capital federal no início da noite.
Edição: Fernando Fraga
Serviços presenciais puxam crescimento da economia no 1º trimestre
PIB registrou crescimento de 1% no período
Publicado em 02/06/2022 – 10:47 Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Rio de Janeiro – Salão de beleza na Tijuca funciona em reabertura antecipada do comércio de rua pela Prefeitura, com flexibilização das medidas de isolamento social pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). (Fernando Frazão/Agência Brasil)