
Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses – Antonio Milena/Agência Brasil
Até há bem pouco tempo, se alguém se declarasse de direita nas redes sociais, podia se preparar para ser insultado, achincalhado e enxovalhado. O mínimo que se podia esperar era receber os rótulos de retrógrado, reacionário ou de fascista; era um meio seguro de perder amigos virtuais. Se dissesse isso no mundo real, num restaurante ou até mesmo na Câmara dos Deputados, por exemplo, poderia ser acusado de racismo e homofobia, além de receber ameaças, podendo até ser cuspido, mesmo que legitimamente investido de cargo parlamentar. Exagero? Que nada! Aconteceu.
Por outro lado, dizer-se de esquerda era sinônimo de progressismo: era ser descolado. Funcionava como uma espécie de senha, de palavra de passe para acesso aos ambientes mais intelectualizados, mesmo para as pessoas incultas e limitadas que, apesar de o serem, eram recebidas com benevolência. Declarar-se de esquerda conquistava simpatias, abria portas e sorrisos nas reuniões da “esquerda caviar”, essa que se sempre se refestelou nas benesses e privilégios de cargos bem remunerados e favorecimentos à custa do Erário. Enfim, ser de esquerda era a certeza e a garantia de aceitação social.
No ambiente acadêmico, ser de esquerda era essencial para garantir boas avaliações; no mundo artístico nem se cogitava que alguém pudesse não ser adepto do socialismo; no funcionalismo público, fazer campanha e votar em partidos de esquerda era quase um dever de ofício. No jornalismo, ficava ainda melhor quando a declaração de posição política viesse acompanhada de citações pontuais de Gramsci e Noam Chomsky. É claro que para dar consistência e credibilidade às convicções ideológicas, era fundamental mostra-se apoiador da agenda feminista e da Escola de Frankfurt, especialmente em relação a temas como o aborto, à ideologia de gênero, o apoio aos movimentos LBGT, à escola crítica de Paulo Freire, liberação das drogas e aos movimentos ditos “sociais”.
Famosa Feirinha do Guanabara -Centro
Por Agência Brasil Brasília
Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses – Antonio Milena/Agência Brasil